Ultimamente, a Lua anda sumida, ela se nega a me escutar, desapareceu, cansada de me ouvir lamentar.
Sempre fui pequena, imperceptível, diante da imensidão do céu a piscar, totalmente desprezível, perto do ser que de baixo vivia a me admirar.
O caso se agravou desde que a Lua partiu, desejava brilhar como ela, na esperança de você me notar, mas isso já não tinha mais sentido, a Lua se foi e te deixou aqui comigo.
Se estrela cadente fosse estrela, eu poderia até tentar. Nem ao menos tive essa sorte, de cair, despencar. Se nos seus braços eu parasse, te conceberia um pedido, mesmo que neles me esquecesse, seria feliz em reabrir seu sorriso.
O outro lado
A Lua envergonhou-se e se escondeu, quando percebeu que o que eu tanto admirava não era o brilho seu. Humildemente, ela tentava ofuscar os pontos de luz que lutavam para iluminar, um pouco que fosse, dessa escuridão.
Sozinhos, eles tornaram-se mais fortes. Mas, um não. Essa estrela permaneceu com sua beleza intacta, não utilizou da ausência da Lua para tentar atrair o meu olhar. Talvez nem fosse preciso, se ela soubesse que era seu, meu sorriso. Do alto, quem sabe, ela não perceba que a sua luz era a minha fortaleza.
Se estrela cadente fosse estrela, você bem que podia ser. Se em meus braços caísse, nenhum pedido a mais iria querer.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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