segunda-feira, 5 de abril de 2010
Eu não nego no começo era certo o sofrimento, a dor, que quando você foi embora aqui no meu peito se alastrou. Amanheceu, como quase um milagre, o Sol nasceu, hoje nem quero pensar no dia em que fui seu e que longe de você meu coração quase faleceu. Eu vou ficar muito bem, você vai ver, eu vou ficar muito bem sem você..
Rever aquele olhar, sentir aquele perfume, ficar em silêncio mais uma vez, face a face, enquanto minha alma ía sendo consumida por você, acariciar seu cabelo enquanto você fingir pegar no sono. Qualquer esforço é em vão quando o assunto é te esquecer. Todos me dizem para seguir em frente, quando tudo que eu quero é voltar atrás.
Eu vivo me obrigando..
Me obrigo a dormir, me obrigo a acordar, me obrigo a esquecer o seu olhar. Me obrigo a não pensar, me obrigo a não lembrar, me obrigo a não dizer o que eu ainda sinto ao te ver. Me obrigo a não te procurar mesmo que queira te encontrar, me obrigo sem querer, me obrigo por mim e por você. Me obrigo por que se há uma forma de consertar é me obrigando a não te amar e aprendendo a me obrigar a viver sem você.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Adimito que me decepcionei. Não por que não achava que seria a melhor decisão a tomar, mas por que não esperava. É tão difícil acontecer algo que eu não espero, por que eu espero tudo de todos. Espero o bom, o ruim. E não esperei que você fosse embora. Mas você foi..
Adeus então, eu sei viver sem você.
Adeus então, eu sei viver sem você.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Fernando Pessoa
"O amor, quando se revela, não se sabe revelar. Sabe bem olhar pra ela, mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente não sabe o que há de dizer. Fala, parece que mente. Cala, parece esquecer.. ah, mas se ela adivinhasse, se pudesse ouvir o olhar e se um olhar lhe bastasse pra saber que a estão a amar, mas quem sente muito, cala. Quem quer dizer quanto sente fica sem alma, nem fala, fica só, inteiramente."
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Regador azul
Esse foi só mais um dia, em que não suportei permanecer no meu mundo, o qual eu já não reconhecia, e vaguei sem rumo, procurando uma saída. Foi quando avistei, logo à esquina, aquele caminho que todos me diriam para não seguir. Retornei, era mais seguro, ou deveria ser.
Enquanto caminhava, tentei não pensar, não entender, não sentir e então não sofrer.
A noite caiu e no meu mundo adormeci, mas o Sol não se demorou, eu acordei e comigo acordou a dor. Novamente fugi. Caminhei sem destino, só o que eu precisava era de um lugar desconhecido, onde nada me lembrasse aquele fim. Dessa vez me perdi em pensamentos, com a cabeça baixa, sem perceber que direção tomava, passava o meu olhar por todas as pedras que se seguiam na terra, as suas cores e formas, quando vi o fim do caminho, só tinha mais um destino a seguir, logo atrás do bosque se escondia tudo que eu talvez não devesse ver. Mas, já não me recordava do medo, mas sim, me atentava a curiosidade. Eu já estava ali, era só abrir os olhos e avistar.
E foi o que fiz. E era imenso. Tão grande e tão bonito, colorido, hipnotizante. Milhares de flores, e cores. Rosas e cravos. Após o espanto com tamanha beleza, imaginei quem haveria de ter tanto zelo para que tais flores viessem a crescer, em um jardim censurado, proibido de se ver. Foi quando percebi aquele ser abaixado com seu regador azul, aparentemente, vislumbrado com o perfume das rosas brancas. Me aproximei e ele me avistou.
- Senti-se e admire – abriu um sorriso enquanto dizia.
Então me aproximei e sentei ao seu lado, e ele prosseguiu:
- Aos que ousam atravessar as montanhas que os cegam, são recompensados com verdadeiros paraísos. – disse enquanto desviava seu olhar por todo o jardim.
Pensei naquilo e me entristeci.
- O acaso me trouxe, não fui sequer capaz de desejar ultrapassar as montanhas. – abaixei minha cabeça ao perceber isso.
E ele me disse ao segurar de leve as minhas mãos:
- O acaso não existe. – e sorriu.
O seu sorriso me trazia segurança, tal como a solidão que atravessei não me oferecia. Ficamos horas sentados, observando cada flor que se unia perfeitamente às outras e transformava o jardim em um mar de beleza e tranqüilidade.
Descobri que o lugar que eu procurava não se tratava de um jardim, mas sim dos abraços confortantes, das mãos delicadas que me tocou, do olhar apaixonante e das palavras doces daquele ser que me acolheu.
- Fique mais um pouco. É fascinante ver uma rosa desabrochar.
E todo o mistério era tão convidativo que resolvi ficar um pouco mais, e mais, e mais...
Nem sequer tinha para o que retornar. O desconhecido algumas vezes é mais seguro que o que se julga conhecer, ao menos, já é de se esperar que ele venha a te surpreender.
Enquanto caminhava, tentei não pensar, não entender, não sentir e então não sofrer.
A noite caiu e no meu mundo adormeci, mas o Sol não se demorou, eu acordei e comigo acordou a dor. Novamente fugi. Caminhei sem destino, só o que eu precisava era de um lugar desconhecido, onde nada me lembrasse aquele fim. Dessa vez me perdi em pensamentos, com a cabeça baixa, sem perceber que direção tomava, passava o meu olhar por todas as pedras que se seguiam na terra, as suas cores e formas, quando vi o fim do caminho, só tinha mais um destino a seguir, logo atrás do bosque se escondia tudo que eu talvez não devesse ver. Mas, já não me recordava do medo, mas sim, me atentava a curiosidade. Eu já estava ali, era só abrir os olhos e avistar.
E foi o que fiz. E era imenso. Tão grande e tão bonito, colorido, hipnotizante. Milhares de flores, e cores. Rosas e cravos. Após o espanto com tamanha beleza, imaginei quem haveria de ter tanto zelo para que tais flores viessem a crescer, em um jardim censurado, proibido de se ver. Foi quando percebi aquele ser abaixado com seu regador azul, aparentemente, vislumbrado com o perfume das rosas brancas. Me aproximei e ele me avistou.
- Senti-se e admire – abriu um sorriso enquanto dizia.
Então me aproximei e sentei ao seu lado, e ele prosseguiu:
- Aos que ousam atravessar as montanhas que os cegam, são recompensados com verdadeiros paraísos. – disse enquanto desviava seu olhar por todo o jardim.
Pensei naquilo e me entristeci.
- O acaso me trouxe, não fui sequer capaz de desejar ultrapassar as montanhas. – abaixei minha cabeça ao perceber isso.
E ele me disse ao segurar de leve as minhas mãos:
- O acaso não existe. – e sorriu.
O seu sorriso me trazia segurança, tal como a solidão que atravessei não me oferecia. Ficamos horas sentados, observando cada flor que se unia perfeitamente às outras e transformava o jardim em um mar de beleza e tranqüilidade.
Descobri que o lugar que eu procurava não se tratava de um jardim, mas sim dos abraços confortantes, das mãos delicadas que me tocou, do olhar apaixonante e das palavras doces daquele ser que me acolheu.
- Fique mais um pouco. É fascinante ver uma rosa desabrochar.
E todo o mistério era tão convidativo que resolvi ficar um pouco mais, e mais, e mais...
Nem sequer tinha para o que retornar. O desconhecido algumas vezes é mais seguro que o que se julga conhecer, ao menos, já é de se esperar que ele venha a te surpreender.
Com o passar dos dias nada se torna mais fácil, ainda lembro de cada arrepio do meu corpo com seu beijo, de cada dia de sol ao seu lado, ainda que o tempo fechasse.
E lembro também de como não pensava assim quando você ainda estava aqui, mas você foi embora, e a dor me acompanha a qualquer hora, por mais que eu quisesse ficar só agora.
Não há sonhos, não há mais promessas, não há razão para mais nada, e se eu conseguisse te esquecer, como iria ser? Mesmo sem te ter ainda existo por você.
Eu posso te ver em seu quarto lembrando dos nossos momentos, eu posso ouvir você me chamando, por maior que seja a sua resistência, eu posso sentir meus sentimentos pulsando em seu coração, eu sei como você se sente quando escuta minha voz, e sei como você quer parecer, como se já não pensasse em nós, eu sei como seu coração dispara quando a vida te faz me encontrar e sei como você quer parecer estar.
E por isso eu ainda existo, me alimento do seu disfarçado desprezo, e me recomponho depois de suas duras palavras com o amor que eu vejo, escondido, sufocado, morrendo em seu peito, me matando junto, eu vejo.
Houve dias em que eu tentei seguir em frente, mas não há como, se o meu coração só quer seguir você. Não rastejo mais, nem mesmo corro, traduza meu silêncio em choro,
Não posso pedir nem mesmo sua amizade, não mereço sua sinceridade, eu errei e percebi, e errei de novo tentando descobrir quanto de mim ainda existia em você.
E todos os dias serão assim, esperando um dia que não virá, mas a dor vai me acompanhar, mesmo que eu não saia do lugar.
E lembro também de como não pensava assim quando você ainda estava aqui, mas você foi embora, e a dor me acompanha a qualquer hora, por mais que eu quisesse ficar só agora.
Não há sonhos, não há mais promessas, não há razão para mais nada, e se eu conseguisse te esquecer, como iria ser? Mesmo sem te ter ainda existo por você.
Eu posso te ver em seu quarto lembrando dos nossos momentos, eu posso ouvir você me chamando, por maior que seja a sua resistência, eu posso sentir meus sentimentos pulsando em seu coração, eu sei como você se sente quando escuta minha voz, e sei como você quer parecer, como se já não pensasse em nós, eu sei como seu coração dispara quando a vida te faz me encontrar e sei como você quer parecer estar.
E por isso eu ainda existo, me alimento do seu disfarçado desprezo, e me recomponho depois de suas duras palavras com o amor que eu vejo, escondido, sufocado, morrendo em seu peito, me matando junto, eu vejo.
Houve dias em que eu tentei seguir em frente, mas não há como, se o meu coração só quer seguir você. Não rastejo mais, nem mesmo corro, traduza meu silêncio em choro,
Não posso pedir nem mesmo sua amizade, não mereço sua sinceridade, eu errei e percebi, e errei de novo tentando descobrir quanto de mim ainda existia em você.
E todos os dias serão assim, esperando um dia que não virá, mas a dor vai me acompanhar, mesmo que eu não saia do lugar.
As duas faces da história
Ultimamente, a Lua anda sumida, ela se nega a me escutar, desapareceu, cansada de me ouvir lamentar.
Sempre fui pequena, imperceptível, diante da imensidão do céu a piscar, totalmente desprezível, perto do ser que de baixo vivia a me admirar.
O caso se agravou desde que a Lua partiu, desejava brilhar como ela, na esperança de você me notar, mas isso já não tinha mais sentido, a Lua se foi e te deixou aqui comigo.
Se estrela cadente fosse estrela, eu poderia até tentar. Nem ao menos tive essa sorte, de cair, despencar. Se nos seus braços eu parasse, te conceberia um pedido, mesmo que neles me esquecesse, seria feliz em reabrir seu sorriso.
O outro lado
A Lua envergonhou-se e se escondeu, quando percebeu que o que eu tanto admirava não era o brilho seu. Humildemente, ela tentava ofuscar os pontos de luz que lutavam para iluminar, um pouco que fosse, dessa escuridão.
Sozinhos, eles tornaram-se mais fortes. Mas, um não. Essa estrela permaneceu com sua beleza intacta, não utilizou da ausência da Lua para tentar atrair o meu olhar. Talvez nem fosse preciso, se ela soubesse que era seu, meu sorriso. Do alto, quem sabe, ela não perceba que a sua luz era a minha fortaleza.
Se estrela cadente fosse estrela, você bem que podia ser. Se em meus braços caísse, nenhum pedido a mais iria querer.
Sempre fui pequena, imperceptível, diante da imensidão do céu a piscar, totalmente desprezível, perto do ser que de baixo vivia a me admirar.
O caso se agravou desde que a Lua partiu, desejava brilhar como ela, na esperança de você me notar, mas isso já não tinha mais sentido, a Lua se foi e te deixou aqui comigo.
Se estrela cadente fosse estrela, eu poderia até tentar. Nem ao menos tive essa sorte, de cair, despencar. Se nos seus braços eu parasse, te conceberia um pedido, mesmo que neles me esquecesse, seria feliz em reabrir seu sorriso.
O outro lado
A Lua envergonhou-se e se escondeu, quando percebeu que o que eu tanto admirava não era o brilho seu. Humildemente, ela tentava ofuscar os pontos de luz que lutavam para iluminar, um pouco que fosse, dessa escuridão.
Sozinhos, eles tornaram-se mais fortes. Mas, um não. Essa estrela permaneceu com sua beleza intacta, não utilizou da ausência da Lua para tentar atrair o meu olhar. Talvez nem fosse preciso, se ela soubesse que era seu, meu sorriso. Do alto, quem sabe, ela não perceba que a sua luz era a minha fortaleza.
Se estrela cadente fosse estrela, você bem que podia ser. Se em meus braços caísse, nenhum pedido a mais iria querer.
Inatingível, ou não..
O amor é imprevisível. Quando amei, de uma forma que não se podia nomear, me tornei otimista e sonhador, mas o dia chegou, esse sonho acabou, e depois de tantas lágrimas, tantas noites frias e solitárias, aprendi a me recompor. Sem ele. A juntar os cacos. Que seja. A sobreviver. O que a felicidade não soube me ensinar, aprendi com a dor. Me tornei forte, ou não tão forte assim, no fim vi que foi tudo uma perca de tempo. Juntar palavras, pensamentos, decisões, tomar cuidado na esquina, sem saber que caminho seguir, me distrair com programas que depositam em mim alegrias temporárias, como um êxtase, conquistadoras, mas passageiras.
E aquele dia nasceu, com um ar estranho de descuido. Não meu, me sinto como uma barreira diante de qualquer possibilidade de sofrimento, e conseqüentemente, de ser feliz. E, quando mais finjo me sentir indiferente a um sentimento, lá estou. Solta novamente, em um vazio, agora confortável, e que logo ali, vai me levar para um buraco sem fim. Me sinto fraca, tão vulnerável, como um brinquedo para qualquer um. Me vejo como uma fortaleza, que me detém de sentimentos, ou deveria ser assim, se partindo em pedaços diante de um novo amor.
E aquele dia nasceu, com um ar estranho de descuido. Não meu, me sinto como uma barreira diante de qualquer possibilidade de sofrimento, e conseqüentemente, de ser feliz. E, quando mais finjo me sentir indiferente a um sentimento, lá estou. Solta novamente, em um vazio, agora confortável, e que logo ali, vai me levar para um buraco sem fim. Me sinto fraca, tão vulnerável, como um brinquedo para qualquer um. Me vejo como uma fortaleza, que me detém de sentimentos, ou deveria ser assim, se partindo em pedaços diante de um novo amor.

De tudo que passei,
Dos momentos bons e ruins,
Das dores e dos amores,
Das pessoas por quem fui esquecido,
Das inseguranças,
Das decisões,
Das desilusões e dos sonhos,
Das conquistas e derrotas,
De tudo que vivi, alguma coisa aprendi, o que me faz ver que valeu a pena. Quando estive no fundo do poço e não encontrava uma saída, todos os fatos que deveriam me abater só me fizeram mais forte. Durante as noites frias, sozinho, as lágrimas, tanto sofrimento..
Não voltaria atrás, nem um só dia, não mudaria decisões, escolhas, lutaria por tudo que lutei, sonharia com tudo que sonhei, e chegaria exatamente onde estou. As emoções me fizeram chorar, as tristezas me fizeram crescer.
Me ensine a amar, ou ao menos, a viver..
A rotina, os compromissos diários, os costumes, o café da manhã, os horários, os lugares, as metas. Tudo em seu perfeito estado. Uma vida cômoda demais para perceber a chegada de algo, ou alguém. Alguém que se conforme com sua falta de atenção, com seu desleixo. Que se sinta bem, em passar os dias, despercebido. Alguém que se acostume com seu mau humor, seus dias bons e ruins, que conheça seus defeitos, seus medos, que te mapei, que entre nesse labirinto por você e não se sinta perdido.
Esse dia acordou estranho, incomum, logo entendi. Dispensado. Da sua rotina encantada. Um horário remarcado, desmarcado. Um café forte demais, deixado de lado, um costume que se tornou enjoado. Qualquer sinal de diferença e sua cabeça começa a girar, se sente confuso, obrigado a restaurar perfeições. Aquele toque, nas mãos, inesperado, gelado e um arrepio dos dedos até a nuca. Uma frase: Vai dar tudo certo.
Não havia reparado a doçura que era sua voz, o brilho que era seu sorriso, a segurança que transmitia seu olhar, o bem que me fazia sua pele, sua presença, sua proximidade. Sempre tão sutil, mas agora vejo quão essencial se tornou seu jeito discreto de estar sempre aqui.
Disposição. Para reparar seus gestos, seus esforços, seu carinho, seu cuidado.
Desmarque os encontros, cancele os horários, desmemorize os caminhos, as pessoas, os objetivos, por esse olhar. Mas, você esteve tão ao meu lado, nessa vida compulsiva, que tomou ela para você, eu abandonei meu dia-a-dia, mas você não. Seus compromissos marcados, seus lugares reservados, seus projetos sendo concretizados e esses hábitos te cegaram.
E tudo que eu deixei? E todos que eu contrariei? Parei tudo por você, mas foi pouco.
Me organizar? Reacostumar com toda aquela vidinha viciante e frágil? Não. Ao menos, você me mostrou quanto tempo perdia com coisas bobas. Não vou deixar, como você, o amor passar por mim. Vá, e não volte atrás. Obrigado por me ensinar o que é viver.
Esse dia acordou estranho, incomum, logo entendi. Dispensado. Da sua rotina encantada. Um horário remarcado, desmarcado. Um café forte demais, deixado de lado, um costume que se tornou enjoado. Qualquer sinal de diferença e sua cabeça começa a girar, se sente confuso, obrigado a restaurar perfeições. Aquele toque, nas mãos, inesperado, gelado e um arrepio dos dedos até a nuca. Uma frase: Vai dar tudo certo.
Não havia reparado a doçura que era sua voz, o brilho que era seu sorriso, a segurança que transmitia seu olhar, o bem que me fazia sua pele, sua presença, sua proximidade. Sempre tão sutil, mas agora vejo quão essencial se tornou seu jeito discreto de estar sempre aqui.
Disposição. Para reparar seus gestos, seus esforços, seu carinho, seu cuidado.
Desmarque os encontros, cancele os horários, desmemorize os caminhos, as pessoas, os objetivos, por esse olhar. Mas, você esteve tão ao meu lado, nessa vida compulsiva, que tomou ela para você, eu abandonei meu dia-a-dia, mas você não. Seus compromissos marcados, seus lugares reservados, seus projetos sendo concretizados e esses hábitos te cegaram.
E tudo que eu deixei? E todos que eu contrariei? Parei tudo por você, mas foi pouco.
Me organizar? Reacostumar com toda aquela vidinha viciante e frágil? Não. Ao menos, você me mostrou quanto tempo perdia com coisas bobas. Não vou deixar, como você, o amor passar por mim. Vá, e não volte atrás. Obrigado por me ensinar o que é viver.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Lucky?
Do you hear me
I'm talking to you
Across the water
Across the deep blue ocean
Under the open sky
Oh my, baby I'm trying
Boy I hear you in my dreams
I feel your whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard
Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Ohhhohhhohhhohhohhohhhohh
They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I'll wait for you, I promise you I will
(..)
And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music fill the air
I'll put a flower in your hair
Though the breezes through the trees
Move so pretty, you're all I see
As the world keeps spinning round
You hold me right here right now
(Jason Mraz - Lucky)
I'm talking to you
Across the water
Across the deep blue ocean
Under the open sky
Oh my, baby I'm trying
Boy I hear you in my dreams
I feel your whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard
Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Ohhhohhhohhhohhohhohhhohh
They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I'll wait for you, I promise you I will
(..)
And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music fill the air
I'll put a flower in your hair
Though the breezes through the trees
Move so pretty, you're all I see
As the world keeps spinning round
You hold me right here right now
(Jason Mraz - Lucky)
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Se a ama, deixe-a l i v r e .
A uns anos atrás me viram adimirando o céu e me deram uma estrela de presente e junto com ela um aviso: Jamais solte-a se quiser tê-la para sempre. Ela não substituiu o céu que eu tinha durante a noite, mas uma hora eu tinha que partir e ir embora. Não podia levar o céu comigo, tinha que ir só e voltar no outro dia se quisesse vê-lo novamente, mas tem uma coisa que eu podia levar comigo, a estrela. E todo dia quando eu tinha que adormecer e deixar todo aquele azul brilhante esperando o próximo dia pra brilhar pra mim, ela estava lá, com seu brilho limitado por estar guardada naquela caixinha de presente azul com desenhos de nuvens, muito modesta em relação a seu verdadeiro lugar. Mas, ainda assim ela insistia em brilhar, isso me confortava, me fazia adormecer certa de que aquele céu tão lindo não era só ilusão e que no outro dia ele me esperaria novamente com a mesma beleza de sempre. Certo dia enquanto olhava o céu uma pessoa sentou ao meu lado e disse:
- Lindo, não?
- Extraordinário.
- Sem dúvidas. Adoro o céu, queria morar lá, parece ser um lugar melhor do que esse aqui.
E eu sorri com a lembrança da minha estrela na mente.No caminho de volta para casa eu fui pensando em como tenho o céu pra mim, não ele todo, admito, mas uma parte que eu podia abraçar, tocar, sentir, ver. Que todo dia antes de dormir, escutava meus pensamentos confusos, meus sonhos bobos, meus medos, meus desejos, ou somente via minha lágrimas. E a partir desse dia passei a olhar minha estrela não como algo que me lembrasse que o céu existia, mas como meu céu, meu brilho, meu lugar. Quando cheguei em casa, abri aquela caixinha onde a guardava e ousei tirar ela de lá. Sempre tive medo de tirá-la daquela caixa e nunca mais vê-la. Mas, se eu conseguisse um só segundo ao seu lado, valeria toda a eternidade apenas podendo ver o seu brilho. Coloquei ela de volta e adormeci. E os outros dias seguintes fiz o mesmo, até que um dia adormeci enquanto contava-lhe meus segredos. Quando acordei ela não estava mais lá. Me apavorei de princípio, mas pensei que poderia ir ver o céu e não só ela estaria lá, mas muitas outras. Finalmente quando olhei para o céu estrelado percebi que estava tão longe, que não me iluminava de perto, e percebi o quanto precisava da minha estrela, limitada talvez, mas era somente o que me fazia feliz, e percebi também, que existia um lugar onde ninguém a tiraria, de dentro do meu coração. É. Do meu coração. Jamais esqueria seu silêncio que me dizia tanto, nunca encontraria brilho mais forte, beleza maior, conforto igual. Esse dia adormecia e fiz um pedido pro céu trazer ela para mim. Se viria ou não, não sei. Mas, eu estaria todos os dias na sacada esperando ela voltar.
- Lindo, não?
- Extraordinário.
- Sem dúvidas. Adoro o céu, queria morar lá, parece ser um lugar melhor do que esse aqui.
E eu sorri com a lembrança da minha estrela na mente.No caminho de volta para casa eu fui pensando em como tenho o céu pra mim, não ele todo, admito, mas uma parte que eu podia abraçar, tocar, sentir, ver. Que todo dia antes de dormir, escutava meus pensamentos confusos, meus sonhos bobos, meus medos, meus desejos, ou somente via minha lágrimas. E a partir desse dia passei a olhar minha estrela não como algo que me lembrasse que o céu existia, mas como meu céu, meu brilho, meu lugar. Quando cheguei em casa, abri aquela caixinha onde a guardava e ousei tirar ela de lá. Sempre tive medo de tirá-la daquela caixa e nunca mais vê-la. Mas, se eu conseguisse um só segundo ao seu lado, valeria toda a eternidade apenas podendo ver o seu brilho. Coloquei ela de volta e adormeci. E os outros dias seguintes fiz o mesmo, até que um dia adormeci enquanto contava-lhe meus segredos. Quando acordei ela não estava mais lá. Me apavorei de princípio, mas pensei que poderia ir ver o céu e não só ela estaria lá, mas muitas outras. Finalmente quando olhei para o céu estrelado percebi que estava tão longe, que não me iluminava de perto, e percebi o quanto precisava da minha estrela, limitada talvez, mas era somente o que me fazia feliz, e percebi também, que existia um lugar onde ninguém a tiraria, de dentro do meu coração. É. Do meu coração. Jamais esqueria seu silêncio que me dizia tanto, nunca encontraria brilho mais forte, beleza maior, conforto igual. Esse dia adormecia e fiz um pedido pro céu trazer ela para mim. Se viria ou não, não sei. Mas, eu estaria todos os dias na sacada esperando ela voltar.
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